A Cabanha JP DORPER RIO está localizada em Maricá, no Rio de Janeiro

JP DORPER e RIO DORPER

Criação de OVINOS dedicada à SELEÇÃO GENÉTICA das Raça Dorper e White Dorper.
Nossa missão é produzir animais PO (puro de origem) da raça Dorper e White Dorper selecionando os melhores exemplares nascidos em nosso plantel e/ou adquirindo a genética de outros criadores, a fim de alcançarmos a excelência no padrão racial.
Escolhemos a raça Dorper e WD por serem muito bem sucedidas e prósperas na África do Sul e Austrália.
A rusticidade e a precocidade associadas ao elevado ganho de peso com mínimo tempo até o abate é o que buscamos.

Acreditamos que somente com um rigoroso critério de avaliação e seleção poderemos oferecer animais que sejam realmente superiores, contribuindo para a evolução do plantel de outros selecionadores, como também para o aumento da produtividade das criações comerciais.

VISITE O NOSSO SITE

http://riodorper.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de junho de 2007

VENDA DE BORREGOS - VENDIDOS


Animais com 11 meses, registrados na ARCO.
O primeiro é filho de um Buriá, neto do Chaka (sul-africano) com ovelha Capricórnio.
O segundo é filho do Turbo do Belo Vale com ovelha da Capricórnio.
IMPERDÍVEL!!!!
APENAS R$ 3.000,00
DIVIDIMOS EM
5 PARCELAS DE 600,00

terça-feira, 19 de junho de 2007

Paraíso das ovelhas

Decididamente, a Nova Zelândia é a capital mundial das ovelhas. Segundo as últimas estatísticas, existirão cerca de quarenta e seis milhões de ovelhas no território. Os habitantes da Nova Zelândia são apenas três milhões e seiscentas mil pessoas, ou seja, existem quase 13 ovelhas por cada pessoa, neste país. Está também contabilizado o gado Bovino, que serão cerca de doze milhões de cabeças.Este enorme rebanho nestas pequenas ilhas tem provocado alguns problemas ambientais, nomeadamente devido ao gás metano libertado quando o gado arrota.Por este motivo, o governo neozelandês teve de intervir em termos fiscais, criando um imposto sobre o gado. O dinheiro arrecadado será investido na investigação cientifica e na tentativa de arranjar soluções que ajudem a resolver este problema ambiental.A ovelha é o mais dócil dos animais de quinta, podendo-se com elas estabelecer laços de cumplicidade, tal como com a maioria dos restantes mamíferos de companhia. O macho, o carneiro, não é habitualmente tão simpático, podendo mesmo experimentar os seus fortes cornos nas nádegas de quem se aproxime demais dele ou das suas ovelhas.
Além disso, faz parte do imaginário de todas as crianças, para quem é o mé-mé. Reside também no imaginário dos adultos, onde assume um papel soporífero... Diz a sabedoria popular que contar carneiros funciona como meio de adormecer nas noites de espertina!A ovelha tem um tempo de gestação de cinco meses, nascendo uma cria a que se chama borrego ou cordeiro. Por vezes, nascem duas crias, podendo isso ser um problema, já que a fragilidade de um, ou ambos os cordeiros, é muitas vezes fatal.Os agricultores tentam sempre que os nascimentos ocorram na Primavera, o que tem a ver com o facto de nessa altura os campos apresentarem, por norma, melhores pasto. Este factor, não sendo fundamental para a cria, é-o para a sua mãe, que assim pode rapidamente recuperar o peso e fazer um aleitamento de melhor qualidade.Depois do desmame, por volta dos dois meses, ainda existe algum pasto em qualidade e quantidade para os cordeiros iniciarem a sua alimentação normal. Algumas ovelhas abandonam os filhos à nascença, pelo simples motivo de andarem sempre em rebanho, pelo que, se a cria não se levantar e andar de forma suficientemente rápida para seguir o rebanho, que vai passando, a mãe pode abandoná-la para responder ao seu instinto, que é viver em grupo. Outras vezes, pode a ovelha achar que a cria não é suficientemente forte para sobreviver, e então, abandona-a, como faria na Natureza. Claro que os agricultores, que estão habituados a essas situações, fazem sempre uma vistoria ao caminho por onde seguiu o rebanho, para terem a certeza que não fica nenhuma cria pelo caminho.
Normalmente, nos rebanhos existe apenas um macho reprodutor por cada cinquenta ovelhas. Para evitar que as crias nasçam fora do tempo que o criador definiu como sendo o mais apropriado, é usado um avental em pele, que não vai permitir ao macho cobrir as fêmeas. As ovelhas, quando estão confinadas a um local de pasto vedado, viajam por toda a sua extensão para pastar, mas quando chega a altura de parir, fazem-no todas numa zona mais ou menos perto de onde as outras o fizeram antes.
Quando pensamos na ovelha como animal de quinta, a primeira ideia que nos ocorre é a produção de lã. A tosquia das ovelhas, além de ser um factor económico relevante, é também necessário às ovelhas, para que suportem melhor os dias quentes de Verão.
Estes animais têm ainda outras duas funções, de extrema importância, em termos comerciais. Uma delas, é a produção de carne. A carne de borrego tem apreciadores espalhados pelos quatro cantos do mundo, sendo a Nova Zelândia o maior exportador mundial deste tipo de carne, o que representa uma enorme fatia das exportações deste país da Oceânia.
Outra, é a produção de leite, com o qual são feitos alguns dos queijos mais apreciados em todo o planeta. De leite de ovelha puro, ou com mistura de leite de cabra, o queijo representa também uma mais valia para os criadores desta espécie.
Além disso, a ovelha é um animal muito resistente, que suporta bem grandes variações térmicas e temperaturas extremas, seja frio ou calor. Este factor é fundamental para os agricultores das regiões mais desfavorecidas.
A alimentação das ovelhas é fundamentalmente a erva, que encontram nos pastos por onde pastam, Não necessita de muitos suplementos alimentares e tem a característica de não estragar esse mesmo pasto, podendo voltar ao mesmo sítio com apenas alguns dias de diferença, num sistema de rotatividade.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Técnicas e condições para a reprodução dos ovinos

Os ovinos apresentam a sua maturidade sexual dos 8 aos 10 meses de idade, mas só ficam totalmente prontos para o processo reprodutivo, sem restrições, dos 18 aos 30 meses. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, quando um animal apresenta a maturidade sexual mais cedo, ou seja, quando é muito precoce, isso não é um bom sinal por dois motivos: em primeiro lugar, o início da maturidade sexual está ligado à longevidade do animal, isto é, quanto mais tarde ele entrar nessa fase, mais viverá.
Em segundo lugar, os animais que apresentam a função sexual prematuramente não têm um desenvolvimento normal, principalmente as fêmeas pois, ao se reproduzirem, darão aos fetos material que seria utilizado para o seu próprio desenvolvimento.
Para que seja feita a reprodução, as ovelhas devem estar no cio, que aparece do sétimo ao décimo mês, durando de um a dois dias, e se repete a cada 16 a 18 dias. Em alguns casos, o cio pode acontecer em intervalos menores, quando há a presença de carneiros. Como já mencionamos, a função sexual não deve ser realizada antes dos 18 meses, portanto, os criadores devem evitar, se possível, o contato entre machos e fêmeas, antes desse período. Em criações extensivas, os acasalamentos ou montas acontecem livremente, sem interferência do criador. Já nas criações intensivas, todo o processo reprodutivo deve ser controlado e acompanhado de perto pelo criador e tratadores. Essa prática aumenta bastante a produtividade da criação, a qualidade dos animais e as condições de saúde e desenvolvimento. Nas criações intensivas, deve haver um controle rigoroso das fêmeas que estejam prontas para a reprodução e para a monta, para que aconteça o acasalamento no momento mais propício e entre animais previamente escolhidos.
A idade dos reprodutores é um fator vital para o bem desempenho do processo de reprodução. Desta forma, devemos escolher animais que estejam acima dos 18 meses de idade e, além disso, não devemos utilizar, principalmente fêmeas, com mas de 6 anos de idade. Como sabemos, o método intensivo de criação apresenta melhores resultados produtivos e uma das razões para isso é que os criadores separam os machos das fêmeas, colocando-os juntos apenas para os acasalamentos. Essa prática apresenta muitas vantagens, pois os machos não montarão em fêmeas que não estejam prontas, além de diminuir o estresse, que é natural, quando machos e fêmeas ficam por um longo período juntos. No Brasil, a época mais propícia para colocarmos os machos e fêmeas juntos, para que haja a procriação, é durante os meses de verão e de outono, para que as parições aconteçam entre o outono e a primavera.
A quantidade de carneiros utilizados em um rebanho varia de acordo com o sistema de criação e tamanho das pastagens. De uma maneira geral, a proporção é de um carneiro para cada 25 a 30 ovelhas. Além disso, dependendo do tamanho da criação, os reprodutores não devem ser colocados todos de uma só vez, pois essa medida pode acarretar problemas como brigas entre eles e uma diminuição do número de ovelhas fecundadas. Por essa razão, deve haver um rodízio de machos, que devem ficar cerca de 10 dias com as fêmeas e, depois, serem substituídos por um outro grupo.
autor: Redação RuralNews data: 20/04/2004

Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne incentiva criação consorciada entre bovinos, caprinos e OVINOS

A 13ª edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), promovida pelo Agrocentro, reserva oportunidades também para aqueles que desejam investir e obter mais informações sobre a caprino-ovinocultura, atividade que tem crescido em ritmo acelerado no Brasil nos últimos anos. Pecuaristas, empresários, estudiosos e profissionais do setor terão contato com uma mostra do que está sendo preparado para a 5ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Feinco), em 2008.

Ao todo, 700 animais voltados para criação de corte de mais de 100 criadores, entre caprinos e ovinos de todo o Brasil, participarão da exposição que será ranqueada pela Associação Paulista de Criadores de Ovinos (Aspaco), com representações de altíssimo padrão genético das raças Santa Inês, Dorper, White Dorper, Bôer, Anglo-Nubiana, entre outras.

“Nosso objetivo é aproximar o criador de bovinos de um mercado extremamente rentável, em pleno crescimento e que pode ser consorciado com a criação de bovinos. Temos o oitavo rebanho de caprinos e ovinos do mundo, mas ainda precisamos importar para suprir a demanda interna. Muitos pecuaristas já perceberam isto e estão investindo na atividade”, explica Francisco Pastor, parceiro comercial da Feicorte.

Além dos animais em exposição, a programação do evento reserva julgamentos (entre 19 e 21/05 - ovinos e 22 e 23/05 - caprinos), avaliações de carcaça e leilões, com a oferta de animais com características essenciais para a moderna caprino-ovinocultura, com elevado padrão genético, produção de carne de qualidade superior, fertilidade, ganho de peso e adaptabilidade às condições tropicais.

O primeiro deles, o Leilão Santa Inês de Valor, ocorre no dia 21 de junho (quinta-feira), às 20h, e ofertará 40 lotes. Entre os remates, destaque também para o remate de 1,8 mil matrizes Santa Inês e Dorper provenientes de Uberaba (MG), no 1º Leilão Produção Ovinogen, promovido pela Ovinogen, no dia 23, às 13h. “É muito importante o espaço que a Feicorte está abrindo para a atividade. O setor ainda produz apenas 30% do consumo nacional, despertando o interesse dos grandes pecuaristas. É um mercado promissor”, destaca Nildo Pinheiro, diretor de marketing da Ovinogen.

Também no último dia do evento (23 de junho), às 19h, o Leilão Beneficente Feinco fechará a programação da caprino-ovinocultura na Feicorte. O leilão, promovido pelos organizadores da feira, terá renda revertida para a compra de máquinas de escrever em braille, que serão doadas para a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara), entidade que atende cerca de 700 crianças e jovens. Ao todo, serão ofertados 12 animais campeões na Feinco 2007, de alto padrão genético, das raças Santa Inês, Dorper e Bôer.

“Queremos mostrar aos pecuaristas outras formas de aumentar a renda da propriedade e, ao mesmo tempo, fomentar uma atividade que cresce rapidamente em quantidade e qualidade. Os leilões de ovinos e caprinos são uma oportunidade para quem deseja diversificar seus investimentos e o local é propício, já que a feira é considerada um dos maiores balcões de negócios da pecuária de corte nacional”, explica Pastor.

• Mais informações podem ser obtidas pelo site www.feicorte.com.br, pelo e-mail feicorte@agrocentro.com.br ou pelo telefone (11) 5067-6767.

Atendimento à Imprensa:Texto Assessoria de Comunicações (tel. 11 3037-7288)Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)Coordenação Geral: Nadia Andrade (nadia@textoassessoria.com.br)Coordenação de Atendimento: Amanda Vidal (amanda@textoassessoria.com.br)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

AGUARDEM NOVIDADES

A CABANHA JP DORPER E SUA LOGOMARCA

No início de junho a Cabanha JP DORPER lançará sua logo, enviando a seus amigos e criadores um brinde da cabanha.
Haverá um sorteio de dez kits da Cabanha. Quem quizer participar basta enviar e mail com seus dados.

Dicas para você e seu rebanho:

Dicas:

Ao adquirir um reprodutor ou matriz em exposição ou de outro criador, aplique ao desembarcar em sua propriedade, uma dose de antibiótico, para evitar alguma possibilidade de aparecimento de casos de stress, conjuntivite, pneumonia, decorrentes da viagem ou exposição;

Desvermine os animais num intervalo de 30 ou 60 dias, dependendo da infestação de verminoso em sua propriedade. Carneiro triste, emagrecendo, com papo debaixo do queixo, ou diarréia forte, é sinal de vermes. Para confirmar, levante a pálpebra do animal e, estando pálida, sem a cor do sangue, é sintoma de anemia decorrente de verminose;

Sal mineral deve ser dado à vontade, em cocho próprio e especial para ovino; (teor elevado de cobre pode levar o animal à morte);

O melhor meio de controlar mais os prazos de desverminações são com piquetes. Podem ser com 2 fios elétricos, a 20 e 40cm de altura. Pastos de estrela, tifton, hemarthria, coast-cross, pangola, brachiarias, pensacola, mato-grosso, missioneira são excelentes. Desvermine os animais e solte em área limpa, sempre;

Em caso de tratar os animais com concentrado, somente quando houver falta de pastagens. Nesse caso entre 300 a 500 gramas/cabeça/dia de concentrado é suficiente;

Um reprodutor consegue cobrir a campo perto de 40 fêmeas. Mas recomenda-se deixá-lo isolado das fêmeas durante o dia, em piquete ou baia própria, e misturá-lo à noite ao rebanho, quando o mesmo é recolhido ao aprisco ou cercado. Assim, ele cobrirá mais obelhas, com maior vigor, descansado e sadio. Inclusive, o risco de perda do reprodutor é bem menor;

Fechar os animais à noite é uma prevenção contra roubos, ataques de cães, ou animais selvagens. Além disso, você vê os animais com problemas e o manejo é fácil.

Produtos da Ovinocultura

Quando um criador pretende criar ovelhas, deve escolher qual a produção desejada: carne, pele ou lã, embora possa aproveitar, também, o leite por elas produzido.
Naturalmente, a escolha da raça é de máxima importância, não só de acordo com a produção desejada (lã, carne ou pele), mas, ainda, de acordo com o ambiente em que vai ser criada, para que melhor se adapte às suas condições de clima, temperatura, etc.
Nas melhores pastagens, podemos criar, de preferência, as melhores e também mais aperfeiçoadas raças como as destinadas à produção de carne, dentre as quais podemos citar as inglesas Hampshire, Suffolk, Southdown e também a Lincoln, que são criadas em regime intensivo de pastagens, além de rações, grãos e concentrados.
Nas pastagens consideradas de valor médio, podemos criar as raças de produções mistas, das quais podemos destacar a Corriedale e a Romney Marsh.
Nas criações extensivas, nos campos pobres, só podem ser criadas as raças de pequeno porte e especializadas em lã fina, como a Polwarth e a Merino.
Nas criações extensivas e as que ficam muito distantes dos mercados consumidores, de um modo geral, a produção de lã é a mais indicada, sendo, neste caso, a produção de carne uma atividade complementar, pois o objetivo primário do criador é a lã. Para a produção de lã, o melhor é a criação de uma única raça pura, sendo que devemos evitar os mestiços, devido à irregularidade no valor de sua lã.
Carne
Ela é produzida comercialmente com a venda de: - animais adultos e de grande peso, para abatedouros; - animais novos, empregando-se para isso as raças de ovinos precoces. Para a produção de carne, podem ser feitos cruzamentos entre raças, para a obtenção de mestiços, sendo os machos e fêmeas vendidos para o abate. A produção de carne dos ovinos depende principalmente da sua alimentação, do controle e manejo das pastagens e do seu aproveitamento racional. O rendimento de carne de um ovino é, geralmente, em torno de 50%.
Pele
Para a produção de peles, a raça indicada é a Karakul, por ser ela a produtora da famosa pele, conhecida por Astracã. Essas peles são obtidas dos cordeiros, logo após o seu nascimento. Utiliza-se, também, o cruzamento da raça Karakul com as ovelhas crioulas, pois o resultado desse acasalamento vem sendo o melhor possível. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, os ovinos deslanados são criados para a produção de carne e de peles.
Leite
Sua produção varia muito, de acordo com a raça, as condições ambientais e o manejo a que são submetidos. É um ótimo leite para a produção de queijos, sendo alguns deles muito famosos em todo o mundo como, por exemplo, o Pecorino e o Roquefort. A lactação das ovelhas dura, em média, 100 dias e a sua produção diária é de 500 a 700g e a máxima de 1.200 a 1.500g.. Várias são as raças de ovinos especializadas para a produção de leite como, por exemplo, a Bergamácia, a Wiltermach e a Laucane, ou mesmo a Romney Marsh. A ordenha começa a ser feita após a venda do cordeiro, o que é feito quando ele atinge 1 mês de idade, com um peso de 10 a 12kg.
autor: Redação RuralNews

Formação do rebanho ovino

O número de ovinos que podem ser colocados em uma determinada área varia de acordo com a espécie, qualidade e o estado das pastagens e das forrageiras lá encontradas. No Rio Grande do Sul, em média, é de 1 a 2 ovinos por hectare, além dos bovinos que costumam ser colocados juntos, em número equivalente a 1/4 ou 1/5 dos ovinos. Portanto, num pasto com 1.000 ovinos, podem ser colocados, também, de 200 a 300 bovinos.
Em pastagens melhores, podemos colocar de 2 a 3 ovinos por hectare, desde que o número de bovinos seja menor. Quando a densidade de ovinos em um pasto é muito grande e não há rotação de pastagens, o terreno recebe muitas fezes, ficando altamente contaminado por vermes que certamente os infestarão. Com isso, o rebanho poderá prejudicado pelas verminoses que debilitam os animais, reduzindo o rebanho por causarem muitas mortes.
Aquisição dos ovinos para a formação do rebanho
Quando vamos iniciar uma criação de ovinos, devemos escolher a melhor época para fazê-lo, levando em consideração, não só o fator econômico mas, também, o zootécnico. No primeiro caso, a melhor época é logo após a tosquia (novembro ou dezembro), porque eles são vendidos por menores preços, pois já produziram a lã de um ano. Além disso, quando o animal está tosquiado, podemos examiná-lo melhor e julgar o seu exterior, ou seja, a sua conformação e constituição, embora isso não possa ser feito quanto à produção e qualidade da sua lã.
As melhores épocas para selecionar os ovinos são:
- antes da tosquia, para podermos examinar o volume e a qualidade da sua lã;
- no princípio do outono, quando elas já estão com lã de 4 ou 5 meses e que, muitas vezes, já foram até acasaladas, sendo o seu preço mais elevado.
O rebanho
Pode ser formado por ovelhas, carneiros, capões e jovens machos ou fêmeas, dependendo do desejo do criador. As ovelhas são destinadas à reprodução e à produção de lã.
Os carneiros ficam com o rebanho durante o período dos acasalamentos, ou seja, um período de 2 a 3 meses durante o ano sendo, depois, apartados dele. Essas são as condições encontradas em criações de regime extensivo ou semi-extensivo. Os machos castrados, ou seja, os "capões", são destinados à produção de lã, durante 2 a 3 safras, sendo os que produzem maiores quantidades desse produto têxtil. Eles são, depois, vendidos para corte ou mantidos no rebanho até os 4 anos de idade, quando são abatidos para consumo.
As fêmeas ou borregas, são mantidas para substituir as ovelhas que morrem, ficam velhas, são abatidas para consumo ou vendidas. Os cordeiros são castrados para a venda aos 5 ou 6 meses de idade ou mantidos para substituírem os capões vendidos ou abatidos.
O melhor é iniciar uma criação de ovelhas novas e de uma só raça, em número nunca superior a 1.000 cabeças, para que o criador possa sentir os problemas dessa atividade e adquirir prática.
O número de machos deve ser de 3 a 4% do de ovelhas destinadas à reprodução. Naturalmente, os animais destinados à reprodução devem ser bem selecionados, pois deles vai depender a melhoria do rebanho e o seu valor econômico.
autor: Redação RuralNews

Conheça os procedimentos para a seleção dos ovinos

O principal item a ser levado em consideração na escolha dos ovinos, machos e fêmeas, é a sua saúde. Somente animais sadios devem fazer parte do rebanho, sendo dele apartados todos os que apresentarem alguma anormalidade.
Um ovino sadio apresenta olhar vivo, é bem desenvolvido, com uma lã de qualidade e em bom estado. Quando a sua lã perde o brilho, fica eriçada e sem resistência, isso pode ser conseqüência de uma verminose avançada ou decorrente de uma sarna. O primeiro sinal de sarna é o aparecimento de pontas de mechas de lã que se desprendem e, depois, várias falhas de pêlos, em todo o corpo.
Quando os animais apresentam um muco quase purulento nas narinas, acompanhado de tosse, isso significa a presença de uma bronquite verminótica, que deve ser tratada imediatamente.
Devemos levar em consideração, ainda, que os animais devem apresentar todas as características da sua raça, formando assim, um rebanho bastante uniforme em relação ao seu exterior.
Eles devem apresentar, além do olhar vivo e brilhante, uma cabeça bem proporcionada, cara larga, amplas fossas nasais, pescoço forte, grosso e bem inserido. Seu corpo é cheio, lombo reto, bons aprumos com ossos fortes e largos.
São defeitos graves uma constituição débil, cara muito estreita, focinho fino, peito estreito, pernas compridas, mal aprumadas e finas. Além disso, também são considerados defeitos graves, peso abaixo do normal e barriga e pernas peladas, por falta de lã.
Um fator da máxima importância na escolha dos ovinos é a quantidade de lã que eles produzem, sendo preferível, para isso, que elas possuam um velo denso, com fios longos, grossura uniforme em toda a sua extensão e com barriga e pernas bem cobertas de lã.
Influem na produção de lã, principalmente as condições ambientais e a hereditariedade, além do estado de saúde dos ovinos. A avaliação do velo deve ser feita pela quantidade de lã em relação à área que ocupa, o comprimento das manchas e a densidade das fibras. As características do velo devem estar de acordo com os padrões da raça, por um período de 12 meses da última tosquia. Sua qualidade decorre da uniformidade, do comprimento e da finura, em todo o velo.
O exame das mamas é, também, muito importante. Não devemos escolher e adquirir animais que possuírem defeitos ou infecções mamárias.
autor: Redação Ruralnews

terça-feira, 8 de maio de 2007

Criação de Carneiros - Um Bom Negócio

Porque a criação de carneiros pode produzir bons lucros?
- o investimento necessário para a aquisição dos animais não é muito elevado;
- as instalações e materiais necessários para a criação são relativamente simples e baratas;
- não são muito exigentes quanto à alimentação, aproveitando um grande número de forrageiras e de outros vegetais;
- podem ser criados em regiões montanhosas, que não servem para lavoura ou para outras criações;
- o seu manejo é simples;
- sua criação exige, relativamente, pouca mão de obra;
- como eles pastam, em geral, nos lugares mais altos, vão adubando com suas fezes e urina, esses pontos difíceis de serem trabalhados;
- produzem bons lucros pela venda de seus produtos que são: lã, carne, pele, leite e esterco.
Existem raças especializadas para a produção de lãs finas e para carne e peles. Normalmente, se reproduzem no verão e no outono. Os machos, em geral, são soltos nos pastos com as fêmeas, processando-se os acasalamentos, livremente. Cada macho pode servir de 40 a 50 fêmeas.
Quando é adotada a inseminação artificial, um macho pode ser usado para a fecundação de um número de fêmeas muitas vezes maior. Para que sejam identificadas as ovelhas no cio ou as que foram acasaladas, deve ser pintado o peito do rufião ou reprodutor, porque assim, ao montarem as ovelhas, deixam a sua garupa marcada.
Para que não haja o acasalamento, para permitir a inseminação artificial, deve ser colocado no macho, um avental especial. Só devem entrar em reprodução as ovelhas com 1 ano de idade . O período de gestação é de 145 a 147 dias. Ao aproximar-se do parto, as ovelhas devem ser separadas, em locais tranqüilos, para que tenham seus filhos, sem serem incomodadas, principalmente por cães. O homem só deve intervir quando necessário. Depois do parto, é necessário que seja verificado se os cordeirinhos estão mamando. Quando as ovelhas ficam com leite, seu úbere deve ser esgotado.
Na escolha dos reprodutores, o maior rigor deve ser feito em relação aos machos, pois deles depende a melhoria do rebanho. É necessário que ele esteja dentro do padrão da sua raça, seja forte, sadio, mas não muito gordo. As ovelhas devem ser de raça pura, sadias, fortes e vigorosas, boas parideiras e boas leiteiras, que possam produzir de 2 a 3 filhotes no mesmo parto.
Quanto aos cordeiros, é durante o aleitamento que eles ganham peso rapidamente e devem ser desmamados aos 4 meses de idade, ficando bem longe das ovelhas. Estas, durante alguns dias, devem ficar em pastos ruins para que o seu leite seque. Seu úbere deve ser esgotado. Os ovinos necessitam de abrigo para se protegerem do sol e, principalmente, das chuvas, pois o seu velo, quando molhado, custa a secar, o que lhes pode causar um grande mal. Para evitar outro inimigo dos carneiros, as verminoses, eles devem ser mantidos em pastos secos e, de preferência, altos. Necessitam ter sempre à sua disposição, água fresca, limpa e abundante. O rebanho deve ser formado de animais sadios, bem conformados e desenvolvidos, de velo denso, ovelhas boas criadeiras, leiteiras, etc. Portanto, devem ser rejeitados todos os animais defeituosos, velhos ou doentes. É preciso, ainda, que o criador mantenha um controle sobre todos os seus animais, o que só é possível se eles forem marcados. Essa marcação pode ser feita por meio de tatuagem ou então brincos de marcação, nas orelhas.
De um modo geral, as ovelhas são utilizadas na reprodução até os 6 ou 7 anos de idade, embora a duração de sua vida seja bem maior, variando de acordo com diversos fatores, entre os quais a alimentação e a hereditariedade. Os machos que não forem destinados à reprodução, devem ser castrados entre a primeira e a terceira semana de vida. Outra operação aconselhada é o corte da cauda, que também deve ser feita na mesma época.
Os carneiros são pouco sujeitos às doenças, sendo, porém, atacados por parasitas internos (vermes) e externos (sarna, carrapatos e piolhos). Limpeza e não pastar em locais baixos e úmidos são os melhores meios para evitar os vermes. Quanto aos parasitas externos, são combatidos com sarnicidas e inseticidas diversos. Para que a lã seja aproveitada, é feita a tosquia ou tosa uma vez por ano, mas que deve ser realizada quando o velo está limpo e seco, mas não em dias muito frios ou chuvosos, para evitar problemas de saúde. A pele, em geral, é exportada sob a forma de pele seca. Para a produção de pele, a raça mais famosa é a Karakul. O leite das ovelhas serve, não só para ser consumido in natura, mas também é muito empregado na fabricação de queijos especiais.
autor: Dr.Márcio Infante Vieira data: 31/05/2000

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Melhoramento Genético JP Dorper


Primeira Coleta e Transferência de Embriões

A Cabanha JP DORPER realizou no dias 28 de março de 2007 a 1ª coleta e transferência de embriões da raça Dorper.
Foram implantados 14 embriões em 11 receptoras. Utilizamos sêmen do reprodutor campeão Apolo, fornecido pela Alta Genetics.
A Transferência de Embrião foi realizada pelo médico veterinário Dr. César Nunez.

Transferência de Embrião

A Transferência de Embriões é uma técnica que permite a propagação do material genético. A fêmea ovina passa por um tratamento de superovulação que vai possibilitar a obtenção de vários embriões em uma única coleta.
Em média tem-se um índice de 8 a 12 embriões viáveis por coleta de cada doadora. Resumidamente uma ovelha poderá presentear ao seu proprietário em até 40 crias anuais.
A Transferência de Embriões (TE) destaca-se atualmente como uma ferramenta importante para a promoção de melhoramento genético do rebanho em curto período de tempo. A utilização desta tecnologia tem-se popularizado.
Para a obtenção de índices satisfatórios na utilização da TE, alguns pontos de entrave devem ser melhorados, como eficiência de detecção de cios, correta manipulação de ondas foliculares, manejo nutricional e sanitário de doadoras e receptoras, utilização de meios e técnicas adequadas para a manipulação dos embriões, etc.

O que é necessário?
As ovelhas doadoras;
As ovelhas receptoras;
Sêmen reprodutores;
21-22 dias desde o início dos trabalhos até a coleta dos embriões;
Animais devidamente alimentados;
Resultados esperados:

Em torno de 8 embriões por doadora, em média, por coleta;
As doadoras podem ser coletadas a cada 40-50 dias, portanto, em torno de 6 vezes ao ano em algumas regiões do Brasil, havendo a possibilidade de cada fêmea produzir anualmente 30-40 cordeiros.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Produção de carne ovina é uma atividade lucrativa - autor: Redação Ruralnews data: 14/11/2006

A produção de carne ovina no Brasil ainda é uma atividade pecuária que não foi totalmente explorada. A maior parte do consumo desse tipo de carne ainda é suprida por produto importado, principalmente da Argentina e do Uruguai. Além disso, como a oferta nas prateleiras dos supermercados é restrita, o consumo também não se desenvolve, nem mesmo o hábito de consumir essa carne.
Desta forma, podemos afirmar que há um grande potencial para a atividade de criação de ovinos de corte, com um mercado disposto a comprar a produção nacional. Mesmo que o número de criadores aumente muito e que o rebanho brasileiro cresça até mais do dobro da produção atual, ainda haverá mercado comprador para toda essa produção, isso sem mencionar o potencial totalmente inexplorado da exportação.
Na criação de ovinos de corte, o retorno do investimento de capital é consideravelmente mais rápido do que o da pecuária bovina pois, enquanto um bezerro fica pronto para o abate aos 2 ou 3 anos, um cordeiro já pode ser abatido e ter a carne comercializada com cerca de 9 meses de idade. O período de gestação é de cinco meses seguido, após o parto, pela fase de lactação, desmame, pós-desmame e confinamento.
Segundo dados da Associação Paulista dos Criadores de Ovinos, o indicado é que se inicie uma criação comercial, de maneira viável, com 350 matrizes, que tenham sido adquiridas de criadores idôneos. A área necessária para uma criação desse porte é de 30 hectares. Existem raças de ovinos mais especializados para a produção de carne, entre elas podemos citar a Santa Rita, a Suffolk, a Hampshire Down e a Poll Dorset, entre outras.
Os criadores precisam, além de desenvolver bem a sua atividade criatória, da prestação de serviços de um bom abatedouro. Na maior parte dos casos, para pequenas e médias criações comerciais, o mais indicado é a utilização de abatedouros de cooperativas, que compram os animais, fazem o abate e processam a carne que é vendida diretamente ao mercado consumidor.
Para que os pecuaristas possam obter os melhores resultados com essa atividade, é importante que contem com suporte técnico, de zootecnistas ou veterinários, para que possam desenvolver um projeto coerente, economicamente viável e com todos os cuidados técnicos e sanitários necessários. Esses técnicos deverão acompanhar a implantação desse projeto e prestar assistência técnica regular aos criadores, visando sempre otimizar o processo produtivo e garantir a saúde dos animais.
Atualmente, no Brasil, a produção de carne ovina tornou-se uma atividade mais lucrativa e atraente, se comparada à criação de ovinos para a produção de lã. Mesmo assim, a produção de lã ainda é uma atividade com um bom mercado, desde que se tenha bons contatos de compra, que viabilizem a venda da produção.

Condições necessárias para a criação de ovinos - autor: Redação RuralNews data: 15/02/2007

A criação de ovinos é uma atividade pecuária das mais importantes e que apresenta um grande potencial para investimentos no Brasil. Os criadores, desde que trabalhem com as técnicas adequadas, bons animais e as condições necessárias, podem obter ótimos lucros com a criação desses animais. De uma maneira geral, podemos colocar como fatores críticos para o sucesso, os seguintes:
Conhecimento técnico por parte do criador, além de seu "entusiasmo" pela atividade.
A pecuária e, especialmente, a criação de ovinos, é uma atividade que envolve muitos processos e rotinas, que garantem o bom desempenho da criação e os resultados obtidos. O criador, além de precisar ser um entusiasta pela sua atividade, deverá conhecer bem todas as fases da criação, fazer uma administração adequada e contar com auxílio qualificado, principalmente de médicos veterinários, técnicos agropecuários ou zootecnistas. Caso o criador entenda bem da atividade, a necessidade de assessoria por parte dos profissionais acima citados, será menor, mas não dispensável.
Animais de boa qualidade e procedência
Sem a utilização de boas matrizes e animais de raças especializadas, o criador não terá o material necessário para uma produção de qualidade, obtendo assim, resultados menos satisfatórios ou mesmo, prejuízos. Outro ponto importante no que diz respeito à qualidade dos animais está na saúde: animais saudáveis produzirão mais, enquanto que animais com problemas, causarão prejuízos. Desta forma, mesmo que o criador disponha de muitos animais de boa qualidade e saudáveis, se introduzir na criação um animal de procedência duvidosa ou que não tenha sido devidamente avaliado no que diz respeito ao estado de saúde, poderá introduzir uma ?maçã podre?, que infectará outros animais, causando grandes prejuízos.
Clima adequado ao tipo de criação e às raças criadas
Existem várias raças de ovinos que, de acordo com a sua região de origem, se adaptam melhor a determinadas condições climáticas. Desta forma, o criador deverá, tendo em vista o clima da região onde se encontra a sua propriedade, procurar uma ou mais raças ovinas que apresentem uma adaptabilidade maior às condições encontradas. Além disso, a adaptação a um determinado clima pode variar de acordo com o manejo utilizado.
Apesar de se adaptarem a diferentes tipos de clima, a maior parte das raças se desenvolve melhor em climas mais frios e com uma umidade relativa do ar média. Desta forma, são dados importantes a latitude e a altitude, onde desejamos criar ovinos. No Brasil, a criação de ovinos para a produção de lã é mais desenvolvida na região Sul, devido ao clima mais favorável. Entretanto, no Nordeste e na região Norte, encontramos criações de ovinos deslanados, mais indicados para climas quentes, como os encontrados nessas regiões.
Outra característica climática importante para a criação de ovinos voltados para a produção de lã, é a umidade relativa do ar e o regime de chuvas. Em regiões nas quais o clima é úmido, com muitas chuvas, a qualidade da lã produzida fica comprometida.
Disponibilidade de água, alimentação e eventuais suplementos
Os ovinos necessitam de uma considerável quantidade de água para sobreviver, quantidade essa que varia de acordo com as temperaturas encontradas na região da criação. Em média, os animais adultos consomem de 3 a 4 litros de água por dia e os cordeiros, de 1 a 2 litros. Esse consumo varia, também de acordo com a estação climática: no verão o consumo aumenta e no inverno diminui. Devemos fornecer, sempre, água fresca e em bebedouros, uma água limpa e que garanta a qualidade de vida e saúde dos animais. Além da água, os animais poderão consumir rações balanceadas, diferenciadas para cada fase do desenvolvimento dos animais. Essas rações podem ser utilizadas como alimentação principal (em regime de confinamento) ou como suplemento alimentar para os animais criados em regime de pasto.
Qualidade pastagens
Com boas pastagens os bovinos se desenvolvem melhor, preferem as gramíneas mas finas mas aceitarem bem todos os tipos de vegetação. Apenas não consomem gramíneas de grande porte. Os ovinos diferem dos bovinos e da maioria dos ruminantes, no consumo de folhagens, pois podem ser comercializados mesmo durante o período de aleitamento, por já aceitam e sobrevivem apenas com as pastagens.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

VOCÊ SABIA?

- Os ovinos possuem muita liquidez. O mercado brasileiro é altamente comprador tanto para cordeiros tipo carne, fêmeas e reprodutores. O Brasil depende da importação de carne para abastecer uma forte demanda reprimida de muitos anos. Importamos cortes da Nova Zelândia, Chile e Uruguai. Só para se ter uma idéia, o consumo de cortes de cordeiro per capta / ano na Argentina é de 18 Kg por habitante contra 0,25 Kg no Brasil;
- O valor de mercado da carne ovina é o dobro da bovina;
- O ciclo de produção da carne ovina é quatro vezes mais curto que a bovina;
- Os ovinos são mais eficientes que os bovinos em transformar comida em carne. Um cordeiro ganha 2% do peso vivo ao dia. Um bovino ganha 0,2%. Os ovinos são dez vezes mais eficientes e produtivos, rendendo ao produtor 60% há mais de carne por hectare / ano;
- O tempo de gestação de uma ovelha é a metade de uma vaca (145 contra 285 dias). A prolificidade nos partos é de 1,2 a 1,5 por parto nas ovelhas. Os ovinos bem manejados atingem três partos em dois anos, contra dois partos nos bovinos no mesmo período;
- Em 1 hectare de pastagem cria-se uma vaca (450UA) e na mesma área 10 ovelhas. Em dois anos a vaca produzirá dois bezerros que serão vendidos à U$ 200,00 (Duzentos Dólares). No mesmo período as 10 ovelhas produzirão 36 cordeiros, que vendidos renderão U$ 1.560,00.
- A consorciação bovinos adultos e ovinos é positiva e inclusive indicada, pois o bovino adulto faz a “limpeza” nos pastos dos vermes que atacam os ovinos sem prejudicar os bovinos.
- Os ovinos são dóceis e rústicos e predominantemente comedores de capim;
- Mercadologicamente possui dois fortes aliados ausentes na maioria das atividades agropecuárias; As mulheres e crianças. Elas costumam ser fascinadas pelos ovinos e conseqüentemente pela atividade;
- Além de lucrativa, a criação de ovelhas adequa-se a pequenas, médias e grandes propriedades. É possível ter escala mesmo em propriedades pequenas. Fazendo silagem de duas roças de 10 hectares de milho (milheto ou sorgo) é suficiente para alimentar, e bem, 1000 ovelhas ou 2000 cordeiros por 180 dias (período seco do ano). A área de confinamento para 1000 ovelhas é de 2500m² e 1500m² para os cordeiros.

Por que criar Dorper?

É extremamente bem sucedido e próspero na África do Sul
- Foi desenvolvido na África do Sul há mais de 60 anos atrás - A popularidade de raça continua aumentando - Tem como raças fundadoras: Dorset Horn e Blackhead Persa (raça de rabo-largo, bem adaptada às condições áridas) - O rebanho de Dorper e seus mestiços já soma um terço das 30 milhões de ovelhas na África do Sul. - O Dorper é a segunda raça mais popular na África do Sul.
- É um ovino muito bem proporcionado, evidenciando lucratividade.
- Excelente conformação para carne.
- Apresenta cabeça preta e corpo branco (Dorper) ou é completamente branco (Dorper Branco).
- Traseiro com possante musculatura.
- Tamanho agradável: as ovelhas adultas pesam cerca de 94,0 kg.


Soberbas carcaças de Cordeiro
- Os cordeiros Dorper normalmente vencem as competições de carcaça na África do Sul.
- Na África do Sul, 90% dos cordeiros Dorper recebem pontuação "Super", equivalente ao "Choice Grade" dos Estados Unidos.
- Os cordeiros da África do Sul pesam entre 36-45 kg, ou mais, aos 100 dias de idade. SOMENTE EM REGIME DE PASTO.
- Carne magra.


Tosquia desnecessária
- As mechas, que são uma mistura de lã e de pêlos, caem todos os anos.
- As mechas lanosas duram um pequeno tempo.
- Mais carne, menos lã!
- O couro do Dorper atinge altos preços na África do Sul.


Extremamente Robusto e Adaptável
- O Dorper é um pastador não-seletivo.
- Tem grande tolerância aos parasitas internos e externos.
- É longevo.
- Os animais são fáceis de serem manejados e guardados. Assim, os custos de manutenção são baixos.
- O Dorper prospera em condições marginais.
- Os cordeiros são muito vigorosos logo ao nascer. Assim, a taxa de mortalidade de cordeiros é baixa.
- A raça sai-se bem em climas variados: árido, úmido, quente e frio.
- Notável desempenho sob manejo extensivo ou intensivo.
Muito fértil e precoce
- Os machos podem acasalar o ano inteiro.
- Pode-se conseguir facilmente 3 cordeiros a cada 2 anos.
- Resultado de 150-180% de crias na África do Sul (2,25 - 2,7 crias/ano).


Mães maravilhosas
- Alta produção de leite e boa conformação do úbere.
- Fácil parição. Os cordeiros são bem proporcionados com pequena cabeça ao nascimento. A musculatura começa a se desenvolver entre 2-3 semanas de idade)
- Dóceis


Resumindo:
PORQUE DORPER?
- É uma raça adaptada a áreas de climas tropicais e temperados;
- É frugal e não seletiva ao pastejo;
- Transformam em carne os alimentos mais grosseiros;
- É precoce e rústico;
- Possui alta qualidade e maciez na sua carne;
- É comum desmamá-lo aos 60 dias com 30kg de peso;
- Não requer tosquia;
- Possui pigmentação adequada aos trópicos;
- Altos índices de partos gemelares;
- As ovelhas ciclam o ano todo, portanto parem três partos a cada dois anos;
- A raça é dominante nos mais variados cruzamentos;
- Possui forte demanda no mercado por animais puros e cruzados.

Dorper: do nascimento à adaptação

1- Ao chegar a data do parto as fêmeas Dorper não apresentam um grande úbere, porém é surpreendente como cresce e as ovelhas são leiteiras, por isto é preciso termos cuidados para não superalimentar as mães quando os borregos ainda estão novos, pois o excesso de leite pode facilitar mastites nas fêmeas.
2- Os tratos com o umbigo dos borregos são os mesmos para qualquer raça, higiene é a chave do sucesso.
3- Os animais da raça Dorper são mais precoces em iniciar a se alimentar de pastagens e se ele estiver confinado com a mãe, comece logo a ofertar feno para os borregos.
4- Como o ganho de peso desta raça é muito alto, 400 gr/dia se houver um bom trato até os 90dd ,temos que ter especial atenção com os cascos, pois os borregos devem estar pisando corretamente, senão teremos defeitos adquiridos devido ao excesso de peso.
5- O corte da cauda será entre 10 e 15 dias de nascido.
6- Se o corte da cauda for efetuado muito curto e houver ao mesmo tempo a superalimentação dos borregos a chance de desenvolver prolapso de reto fica aumentada pelo aumento da pressão intra abdominal. Este problema aumenta também com rações fareladas que podem levar os animais a ficar tossindo, facilitando o prolapso de reto devido ao afrouxamento dos ligamentos que sustentam o reto associada ao corte da cauda muito curta.
7- O manejo dos borregos no campo com as mães,complementando com alimentação em creep-feed no aprisco é interessante para o crescimento dos animais e uma apartação com peso ao redor de 30 kg é desejada. O excesso de alimentos levando o peso dos borregos para até 48 kg se torna indesejada pois os problemas de aprumos são intensos.
8- A apartação deverá ser aos 90 dias.
9- Os esquemas de vacinações e vermifugações e prevenção de eimeriose são os mesmos de todos os ovinos.

PADRÃO RAÇA DORPER


ORIGEM
Durante a década de 1930 surgiram os primeiros cordeiros produtos deste cruzamento, que se destacavam-se pelo rápido crescimento e pela qualidade e peso das suas carcaças; sendo que alguns eram totalmente brancos e recebiam a denominação de Dorsian, outras eram brancos com a cabeça e pescoço pretos, sendo conhecidos como Dorper. Posteriormente, a denominação de Dorper estendeu-se indiferentemente a todos os produtos do aludido cruzamento, independentemente de serem totalmente brancos ou brancos com cabeça e pescoço pretos. A partir de 1946 iniciaram-se os trabalhos de melhoramento da raça Dorper.

ASPECTO GERAL

O ovino Dorper deve ser simétrico e bem proporcionado ou balanceado. Um temperamento calmo, com uma aparência vigorosa é o ideal. A impressão geral deve ser a de um ovino robusto e bem musculoso. O Dorper foi criado com o único propósito de produzir carne, o mais eficientemente possível, sob variadas e mesmo desfavoráveis condições ambientais.

CABEÇA

Pode ser mocho ou aspada (com chifres). Os animais mochos são os preferidos e os mais numerosos. Quando apresentar chifres estes devem ser pequenos. Cabeça forte e longa com grandes olhos, bem distanciados e bem protegidos. Nariz forte, boca forte e bem formada com as maxilas profundas e perfeitamente colocadas é o ideal. A testa não deve ser achatada. O tamanho das orelhas deverá ser proporcional ao da cabeça. Chifres grandes e pesados são indesejados, mas permitidos. Chifres pequenos ou apenas desenvolvidos na sua base são os ideais. A cabeça deverá ser coberta por pêlos curtos e negros no Dorper e pêlos curtos e brancos no Dorper branco. Não deve haver depósito de gordura na cabeça. O espaço entre narinas, lábios e pálpebras sem ser rosados no Dorper branco, e pretos no Dorper (cabeça preta).

QUARTO DIANTEIRO

O pescoço deve ser de comprimento médio, largo, bem coberto de carnes e bem ligado ao quarto anterior. As paletas devem ser largas e musculosas paralelas entre si e bem ligadas ao corpo, não apresentando depressões acentuadas na ligação com o corpo. Um peito moderadamente largo, profundo, e moderadamente proeminente em relação as paletas é o ideal. Os membros anteriores deverão ser robustas, ter bons aprumos, e, com fortes articulações da quartela,

TRONCO

Deve ser um tronco longo, profundo e largo, costelas bem arqueadas e um lombo largo e cheio. O animal deve ter uma linha dorso-lombar bem longa e reta. Uma ligeira depressão por traz dos ombros é permitida.

QUARTO TRASEIRO

A garupa deve ser larga e longa. Os quartos (pernis) devem ser carnudos, com entre pernas musculosos e profundos. Os membros traseiros devem ser fortes, bem aprumados e distanciados entre si.

DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA

Demasiado acumulo de gordura localizada em qualquer parte do corpo é considerado defeito. Uma fina camada de gordura distribuída uniformemente sobre a carcaça e entre as fibras musculares é o desejado.

PADRÃO DE COR Dorpers

O ideal é um ovino branco, com a cor preta limitada à cabeça e pescoço. Algumas manchas pretas no corpo e pernas são permitidas, mas ovinos totalmente brancos ou predominantemente negros são indesejáveis. Dorpers Brancos - O ideal é um ovino totalmente branco, com a pele bem pigmentada ao redor dos olhos, por baixo da cauda, no úbere e nas tetas. Um número limitado de manchas de outras cores nas orelhas e abaixo da linha ventral do animal são permitidas.

PELO E LÃ
A cobertura do corpo é formada de uma pelagem curta e suave, composta predominantemente por pêlos, com uma leve mistura de lã. A lã cobre a parte superior do corpo deixando livre o peito a região ventral e os membros. A região ventral é coberta unicamente por pêlos muito curtos lisos e grossos. Dentro da raça Dorper os animais são classificados em dois tipos de acordo com a cobertura de lã: semi-deslanados e lanados.

APTIDÕES

- MATURIDADE SEXUAL: O primeiro cio manifesta-se a partir do 183 dias de idade.
- PROLIFICIDADE: o número de cordeiros nascidos por ovelhas paridas tem variado de 1.1 a 1.7, com média de 1.4.
- FERTILIDADE: a taxa varia de 75% a 97%.
- INTERVALO ENTRE PARTOS: com bom manejo, o intervalo entre partos pode ser de oito meses, resultando em até três parições em dois anos.
- PERÍODO DE GESTAÇÃO: varia de 142 a 153 dias com uma média de 146 dias.
- PESO VIVO E GANHO DE PESO: é de rápido crescimento; os cordeiros atingem 36 Kg ao 100 e 120 dias de idade, produzindo carcaças de 16 Kg. Em condições de campo, o ganho médio de peso diário, no período de pré-desmama, oscila entre 190 e 330 g/dia. Após o desmama o ganho varia de 81 a 91 g/dias.

DEFEITOS ELIMINATÓRIO
- Acentuada depressão atrás das paletas;
- Animais extremamente grandes ou extremamente pequenos;
- Jarretes muito juntos, ou muito retos.
- Pernas muito arqueadas que cedem ao caminhar
- Quartelas muito compridas ou excessivamente inclinadas.
- Animais quase que totalmente cobertos por lã
- Constituição muito débil
- Pouca massa muscular
- Prognatismo e retrognatismo
- Chifres muito grandes
- Criptorquidismo, monorquidismo, hipoplasia testicular, acentuada assimetria testicular - Cifose, lordose, escoliose